Para os que acharam a ideia de “cortar o cabelo em casa” radical demais, esse post vai ser um “prato cheio”! rsrs…
Mas eu tenho excelentes notícias pra você que está acima do peso, sem tempo e/ou buscando formas de economizar!
- Comer 3 refeições por dia é um paradigma super recente; e
- nosso corpo não foi “projetado” para comer de 3 em 3 horas (mesmo que o seu nutricionista e sua mãe acreditem nesse mito).
Pois é…
O nosso corpo evoluiu comendo de maneira surpreendentemente esporádica e aleatória. Não apenas os homo sapiens, mas todos os outros hominídeos que vieram antes de nós, foram biologicamente preparados para os altos e baixos da vida de “caçador-coletor”. Ou seja, você foi “naturalmente selecionado” por milhões de anos para passar longos períodos sem comer absolutamente nada, e continuar performando super bem (na verdade, performamos melhor em vários aspectos) para conseguir “abater a próxima presa”.
Afinal de contas, supermercados, geladeiras, restaurantes e ifood são invenções bem recentes!

Enfim, o jejum intermitente tem sido literalmente praticado por centenas de milhares de anos e convenientemente “esquecido” no último século.

Obrigado indústria alimentícia por convencer médicos, nutricionistas e meus pais que eu precisava comer de 3 em 3 horas! ❤️
“Ok IFP, mas quais seriam os benefícios do jejum intermitente?”
Que bom que você perguntou, IFólogo(a)!
Além de ficar com a barriga do vovô aborígene acima, os benefícios para a saúde são muitos:
- Aumento da expectativa de vida (sua e de suas células)
- Renovação celular (autofagia)
- Combate ao estresse oxidativo
- Efeito anti-inflamatório
- Redução da pressão arterial
- Prevenção de diabetes
- Redução de resistência insulínica
- Controle dos níveis de insulina
- Controle dos níveis de glicose
- Controle dos níveis de triglicerídeos
- Controle dos níveis de colesterol
- Prevenção de doenças cardíacas
- Prevenção de câncer
- Aumento do hormônio HGH (auxilia na queima de gordura e ganho muscular)
- Aumento da proteína BDNF (saúde cerebral e neurogênese)
- Aumento de performance cerebral (depois que seu corpo “aprender” a entrar em citose com eficiência)
- Prevenção de doenças degenerativas e neurodegenerativas
- Aceleração do metabolismo
- Aumento da imunidade
- Perda de gordura visceral
- Controle de peso
Se você é cético como eu e só acredita nas afirmações acima com prova científica, sem problemas! Acabei de ler o livro “Fast. Feast. Repeat.: The Comprehensive Guide to Delay, Don’t Deny Intermitent Fasting” de Gin Stephens, e ele está recheado de embasamento científico.
Leva um tempo para o corpo se adaptar a simplesmente “pular” refeições ou comer de forma mais aleatória. Quem come com muita frequência, treinou o seu corpo a produzir insulina em antecipação às 3-6 refeições diárias.
O que dá aquela sensação de fome mais “violenta” não é o “estômago vazio”, mas os extremos de hipoglicemia (gerada pela antecipação insulínica) ou hiperglicemia (gerada pela resistência insulínica, por exemplo). Consequentemente, quem se acostuma a períodos mais longos e aleatórios de jejum, sente muito menos fome do que quem come de 3 em 3 horas (por mais contraintuitivo que possa parecer).
Só lembrando que essa não é uma proposta de restrição calórica (embora facilite a vida de que tem o objetivo de consumir menos calorias). O jejum intermitente é apenas uma forma de restringir a janela temporal na qual você consome todos os macro e micronutrientes que você precisa.
“O que você come” continua sendo mais importante do que “quando você come“. Ou seja, se você continuar comendo mal em sua janela temporal reduzida, o jejum intermitente terá pouco ou nenhum efeito na sua saúde.
“Mas o que isso tem a ver com a independência financeira?”
Antes de mais nada, eu não comecei a fazer jejum intermitente para economizar! E dinheiro investido em alimentos saudáveis, orgânicos e de qualidade superior sempre foi algo inegociável aqui em casa.
Vamos deixar isso bem claro, antes que o Diego do Aposente Cedo me pegue pra “cristo” lá no Boteco FIRE… Hahaha
Eu comecei a praticar jejum intermitente em 2014 pelos benefícios à saúde, citados acima.
Entretanto, quando comecei a focar em otimizar minhas despesas e meu tempo em 2017, não pude deixar de notar como o jejum intermitente também poderia ser um grande aliado na minha jornada rumo à independência financeira.
Ou seja, a economia de tempo/dinheiro acabou virando um “efeito colateral” do jejum intermitente… e economia recorrente significa aportes maiores e menos patrimônio necessário para IF.
Eu, por exemplo, atualmente tenho comido apenas uma refeição por dia durante a semana (janta). Ou seja, eu fico em jejum por mais ou menos umas 20 horas por dia, durante a semana (e como à vontade nos fins de semana).
Por conta disso:
- Não tenho perdido tempo/dinheiro com café da manhã, almoço e lanches.
- Já que não “encho o bucho” bem no meio do dia, continuo super produtivo no período da tarde.
- Como não tiro “horário de almoço”, fico menos tempo no trabalho (e mais tempo com a família).
- Só preciso me preocupar com uma refeição por dia (que eu geralmente já preparei no fim de semana).
- Como eu estou nessa há anos, e também faço jejuns esporádicos de 36 a 72 horas, eu consigo ficar sem comer por 24 horas sem sentir nenhum desconforto físico ou mental.
- Sinto menos fome hoje do que quando eu comia de 3 em 3 horas.
- Minha performance mental e física fica nitidamente melhor quando meu corpo não está lidando com digestão.
- Por conta dessa “habilidade”, eu nunca mais comprei comida “na rua” por necessidade (ou seja, não sou mais refém daquela “fome hipoglicêmica” de quem está acostumado a comer de 3 em 3 horas).
É claro que continuo comendo fora com minha família esporadicamente pela “experiência”. Amamos “colecionar” experiências diferentes! E o fato de que não é algo que fazemos com frequência torna esses momentos ainda mais especiais.
Moral da história
O jejum intermitente tem sido um companheiro de longa data, e está me ajudando a otimizar o meu tempo, minha saúde e o tamanho dos meus aportes (sem nenhum comprometimento de qualidade de vida)!

Se você ainda acredita que o mais saudável é comer de 3 em 3 horas, deixo aqui o humilde convite para fazer uma pesquisa mais profunda sobre o tema e, quem sabe, experimentar o jejum intermitente para formar uma opinião mais “skin in the game“.
Você vai se surpreender!
Eu sei que pode parecer uma ideia radical no começo. E eu era um dos que pensava que ficar mais de 3 horas sem comer me faria “catabolizar”, e que “pular alguma refeição” iria simplesmente destruir a minha saúde.
Sete anos depois, aqui estou, mais saudável do que nunca, escrevendo esse post sem ter comido nada nas últimas 20 horas (sem fome); e tentando convencer meu pai a pelo menos parar de levantar no meio da noite para comer.
O jejum intermitente definitivamente não é para todos, eu sei… Se você é um lutador de sumô, bodybuilder, gestante, lactante, criança, sofre de anorexia, ou tem dificuldade para ganhar peso, o jejum provavelmente não é uma boa para você.
Mas se você quiser experimentá-lo, sugiro que comece devagar. Não precisa eliminar nenhuma refeição no começo. Comer café da manhã cada vez mais tarde, ou jantar cada vez mais cedo são ótimas formas de começar a se adaptar a períodos mais longos jejum. Quando você tiver comendo o seu “café da manhã” às 11:00 horas, por exemplo, terá essencialmente eliminado uma refeição, sem sofrimento.
Enfim, o jejum intermitente pode ser uma ferramenta poderosa de otimização de saúde, energia vital e taxa de poupança!
E você?
Já experimentou, ou pretende experimentar o jejum intermitente?
Um abraço, IFólogo(a)!
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Hahahahha
Valeu pela menção! Estou anotando as atividades pra chegar à IF: cortar o próprio cabelo, fazer jejum… Sugestão de post: comprar roupas em bazar e fazer curso de corte e costura para adaptar calças em Bermudas e casacos em camisetas se furarem ou ficarem velhos.
Zoeira à parte, também sou adepto do jejum e achei muito bacana o Post. Especialmente pra quem trabalha externo, pode sim ser uma ferramenta pra ajudar na economia doméstica. Comer fora pode ser bastante caro a depender da região.
Abração
Anotado!
Mas no próximo post eu já vou falar sobre o tricô e a independência financeira!
Hahahaha
Pra mim, o maior benefício do jejum intermitente é a praticidade… Devo ganhar pelo menos duas horas por dia não comendo de 3 em 3 horas como eu costumava fazer…
Um abraço!
Bacana
Adotei o jejum intermitente em 2019, mas na modalidade 16-8: na prática apenas almoço e jantar. Nada a reclamar. Muito pelo contrário, melhorou tudo em mim, com destaque para a composição corporal.
Mas fiquei curioso em imaginar apenas uma refeição por dia. Costuma ser composta do que essa sua refeição? Pensa em proteína/Kg?
Legal anônimo!
Eu já fui tarado em medir macro nutrientes (proteína, carboidratos e gordura). Usava balança e tudo mais… kkkk
Nos últimos anos eu parei de acompanhar macronutrientes e passei a focar mais em uma alimentação menos processada e mais diversidade de frutas e verduras.
Mas estimo que continuo consumindo mais de 1 grama de proteína por kg.
A minha “janta” geralmente consiste em várias etapas rsrs
Geralmente eu começo com comida normal (arroz, feijão, carne, salada, etc.);
depois eu como as sobras da filha e esposa;
depois eu entro na fruta e outras sobremesas intencionalmente mais calóricas;
e, por último, finalizo com algum tipo de shake…
Enfim, a única coisa que tenho acompanhado é o peso mesmo. Se o peso começa a cair, hora de comer mais! kkkkkk
Um abraço!
Olá Ifologo, primeiramente, sua participação no boteco foi sensacional, curti demais!
Segundamente, sou praticante do jejum intermitente, realmente, são inúmeros benefícios que o mesmo nos proporciona, pra mim, principalmente, foi ter dado uma resistência maior para que eu consiga ficar x horas sem sentir fome. Valeu pelo post, muito bem estruturado e sucinto.
Abraços, e vamos cortar cabelo em casa, #EconomiasDaVida
Valeu One!
Essa “habilidade” de não precisar comer o tempo todo é muito libertadora mesmo!
Nada melhor do que poder cortar cabelo e comer em casa hahaha
Um abraço!
Oi IFP, “antes que o Diego do Aposente Cedo me pegue pra cristo” kkkkkk.
Apesar de não comer 1 vez por dia (eu como 2 – pulo o café da manhã), realmente, jejum intermitente tem seus benefícios já comprovados de forma científica.
Isso de comer de 3 em 3 horas beira o absurdo, mas o mais absurdo ainda é encontrar nutricionistas falando para você comer um lanchinho da tarde mesmo se não tiver fome, e detalhe, esse lanchinho é pão com peito de peru (carboidrato e embutidos). Foi o que a minha nutricionista me indicou quando eu estava grávida da minha primeira filha. Fui apenas na primeira consulta e nunca mais voltei. Da mesma forma que há muitos mitos na área financeira, há muitos mitos sobre o que é alimentação saudável. O que muitos podem não entender é que quando nos alimentamos da forma correta (tirar todos os industrializados), não sentimos tanta fome assim. Ótimo texto como sempre!
Oi Yuka!
Legal saber que você também pratica o jejum intermitente!
Realmente, essa recomendação de comer de 3 em 3 horas é bem antinatural e “não prática”. Eu lembro que eu levava um monte de comida na mochila pra passar o dia fora de casa quando tentava comer de 3 em 3 horas (pra não “catabolizar”)…
O mais bizarro é que essa prática é especialmente recomendada para quem tem dificuldade de perder peso. Não há muita lógica em sugerir para alguém que já come mais do que precisa, que coma mais vezes por dia…
Fora os tipos de alimentos sugeridos pelos “especialistas”, como você citou…
Em vez de focarem em uma alimentação mais limpa, integral, menos processada, livre de preservativos e agrotóxicos, focam apenas em calorias…
Esquecem que alimentos mais processados, além de serem mais pobres em nutrientes, geralmente têm um índice glicêmico maior que a maioria das “comidas de verdade”, e, por causarem um pico insulínico maior, tendem a dar fome mais rápido e de forma mais intensa…
Um abraço!
Agora senti seu grau de compromisso com a vida fire, rsss. Imagino o qto deve facilitar sua rotina! Uma curiosidade, em que horário você faz essa refeição IFólogo? Eu faço um jejum intermitente tbm, mas com almoço e janta. Fiquei com vontade de testar essa única refeição diária, mas como gosto de saborear esse momento tranquilamente e encerro o expediente somente após as 19 horas, acho que ficaria muito tarde pra mim. Ah, e você come hein?! Até as sobras da filha e da esposa, kkk. Bom que é zero desperdício. Um abraço!
Oi Éllen!
Eu começo a comer geralmente depois das 17:30 horas e restrinjo meu período de alimentação a uma janela temporal máxima de 4 horas. Como o meu objetivo nunca foi perder peso, comer só depois das 19 horas ficaria apertado pra mim (não pela questão da fome, mas por não ter tempo suficiente de consumir o tanto de calorias que eu preciso para manter o peso) rsrs… Se meu objetivo fosse perder peso, comer depois das 19 horas seria super tranquilo.
Eu digo que apenas “janto”, mas na verdade eu como o equivalente ao café da manhã, almoço e janta dentro dessa janela temporal de no máximo 4 horas.
Minha esposa brinca que eu sou o “garbage disposal” da casa. Não deixo perder nada mesmo! kkkk
Um abraço!
Eu queria tanto ter animo para escrever artigos bons assim
como você, com certeza ia aumentar meus resultados.
Eu tenho bastante resultados com as técnicas que uso,
resultados muito bons… Mas escrevendo blogs com
informações uteis assim como você faz com certeza deve
ajudar ainda mais.
Se quiser dar uma olhada na minha página também seria
uma honra.