Publicado em 10/06/2021
Última alteração em 20/10/2022
Fala IFólogo(a)!
Finalmente tomei vergonha na cara e formalizei a nossa Política de Investimento Pessoal (PIP), inspirado no artigo “Você já escreveu sua Política de Investimento Pessoal?” do AA40.
Toda a tomada de decisão que puder ser automatizada, deve ser automatizada para tirar todo o emocional de jogo!
PIP – Política de Investimento Pessoal
A CARTEIRA
Nome da Carteira: Projeto FIRE IFP
Metas:
Primeira meta – atingir o primeiro milhão em, no máximo, março de 2023;
Segunda meta – atingir a Independência Financeira no Brasil em, no máximo, março de 2027;
Terceira meta – atingir a Independência Financeira nos Estados Unidos em, no máximo, março de 2032 (caso a gente decida ficar por aqui);
A referência de patrimônio necessário para a Independência Financeira será a métrica da “regra dos 4%” (ou seja, 300 vezes o custo de vida mensal da família IFP).
Horizonte de tempo: 6 anos, 10 anos e 15 anos, respectivamente. Ponto de referência inicial é março de 2017 (quando começamos a investir).
Renda passiva no final do prazo: equivalente ao custo de vida que teríamos, mantendo o mesmo padrão de vida, no Brasil em 2027 e/ou nos EUA em 2032. A título de referência, vivíamos super bem com aproximadamente 5 a 6 salários mínimos no Brasil entre 2017 e 2019 (e ainda conseguíamos poupar/investir). Mas essa referência de custo de vida será revisitada nos próximos anos.
Meta de Rendimento Anual: apenas replicar os movimentos do mercado.
Alocação por classe de ativo:

PLANO E ESTRATÉGIAS
Serão feitos dois tipos de aportes recorrentes (automáticos e manuais).
Os aportes automáticos serão descontados direto na folha de pagamento (pré-imposto de renda) a cada duas semanas (401K e 403B). A alocação desses aportes será 100% em fundos de índice que replicam o S&P 500.
Os aportes manuais serão feitos nas demais classes de ativos com o intuito de corrigir os percentuais almejados.
Dividendos farão parte dos aportes manuais.
Não vou comprar FIIs enquanto estiver na fase de acumulação de patrimônio.
A estratégia em relação às ações no Brasil será “comprar e esquecer”.
Ou seja, a análise de empresas no Brasil será feita apenas para justificar a compra ou aumento da posição. Uma vez que a empresa entrar no portfólio, não será mais analisada (até que sua alocação percentual “peça novos aportes”).
Empresas de setores cíclicos serão evitadas.
*Estratégia alterada em 31/10/21
A estratégia em relação às ações no Brasil será um “value investing” com critérios quantitativos de valor profundo inspirado nos livros “THE BIG SECRET for the Small Investor” de Joel Greenblatt; “A Fórmula Mágica de Joel Greenblatt para Bater o Mercado de Ações” de Joel Greenblatt; e “The Acquirer’s Multiple” de Tobias Carlisle. Qualquer hora dessas eu faço um post a respeito.
O maior foco será em otimizar receitas e despesas, e sempre aumentar a taxa de poupança anual.
REBALANCEAMENTO
A busca pelos percentuais almejados será feita pelo menos uma vez por mês, preferencialmente apenas com os novos aportes.
Quando apenas os novos aportes não forem suficientes, a modalidade de rebalanceamento será a abordada no artigo “Rebalanceamento oportunista: o único almoço grátis do mercado“.
A faixa de rebalanceamento será de 20% e a faixa de tolerância será de 10%.
O rebalanceamento entre as ações no Brasil será feito apenas com novos aportes e dividendos.
PLANO DE RETIRADAS
Inexistente.
Será revisitado e definido quando estiver mais próximo de 2027.
Ainda tenho muito tempo para estudar a melhor estratégia de desacumulação/desfrute de patrimônio para o nosso caso específico. Rsrs…
Moral da história
Eu utilizei o modelo disponível no artigo “Você já escreveu sua Política de Investimento Pessoal?” do AA40. Confira o post para elaborar da sua PIP também!
Mas atenção!
Esse é um post mais pra mim do que pra vocês. Apenas queria formalizar aqui no blog a minha PIP para ter uma estratégia que vai me dizer o que fazer quando eu “não souber o que fazer”.
Essa é apenas a estratégia de investimento que atualmente faz sentido para o meu perfil de investidor, meus critérios e meus objetivos pessoais. Não existe apenas uma forma correta de investir!
Nunca baseie suas decisões financeiras apenas em algum anônimo aspirante a FIRE na internet! Estude, reflita e formalize sua PIP de acordo com os seus próprios critérios, objetivos e perfil de investidor, ok!?
E aí, já formalizou sua PIP?
Um abraço IFólogo(a)!
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Isenção de responsabilidade
O “IFologia Pop” disponibiliza gratuitamente informações que o autor acredita serem corretas. Entretanto, em nenhum momento o autor oferece conselho individualizado e as informações disponibilizadas aqui podem não ser adequadas ao seu perfil de investidor. O autor não é um profissional licenciado na área financeira, apenas um estudioso e entusiasta de assuntos relacionados à independência financeira (conheça mais sobre o autor aqui). Caso o leitor necessite assistência especializada sobre qualquer questão legal e/ou financeira, recomenda-se a consulta de um profissional. Esse blog não tem o intuito de servir como base para qualquer decisão financeira e nenhuma garantia é feita sobre a veracidade das informações aqui contidas. Resultado passado não é garantia de resultado futuro. Portanto, o autor especificamente se isenta de responsabilidade por qualquer consequência direta ou indireta do uso e aplicação de qualquer informação aqui contida.
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Show!!
Coloquei o link no post lá para o seu ai. Vai servir de modelo para muita gente.
Obrigado pelo link. Abcs
AA40
Grande AA40!
Obrigado pelo link e pelo modelo de PIP! Ajudou bastante!
Um abraço!
Fala Ifologo, beleza
boas métricas e bem distribuídas para seu perfil, e aquele 1% em cripto é a cereja do bolo… Show.
Abraços.
Valeu One!
1% a 5% é a margem que eu me dou para “apostas” hahaha…
Um abraço!
É importante colocar no papel e ver se está no caminho. Só achei estranho a forma de investir em ações no Brasil, você vai perder dinheiro, não pq aqui não valoriza, mas pelo jeito que irá fazer. Melhor ficar só na gringa então. Se pensa algum dia em voltar ou caso queira só dar uns trocados a parentes, o FII seria uma boa manter.
Opa John!
Você fala por causa da proposta de comprar e esquecer? Minhas maiores valorizações são ações brasileiras (principalmente as boas empresas “compradas e esquecidas”)… O retorno histórico real (ajustado pela inflação) do Ibov também é levemente maior do que o retorno histórico real do S&P 500, por exemplo. Mas talvez essa estratégia tenha algum ponto cego que eu não percebi, tem como elaborar a sua colocação? Como assim vou perder dinheiro? Ou você está apenas dizendo que se eu tivesse uma gestão mais ativa para definir momento de venda eu teria um retorno maior?
Só ressaltando que eu sempre vou reinvestir os dividendos/proventos mensalmente e vou acompanhar mais de perto apenas as que estão “pedindo mais aporte”… (não sei se ficou claro isso)
Como ações de maneira geral têm um potencial de retorno maior no longo prazo do que FIIs, como eu ainda não preciso de renda passiva mensal, e como ações ainda me trazem a opcionalidade/flexibilidade de venda sem incorrer em imposto sobre o ganho de capital (isenção de R$20.000), evitar FIIs por enquanto faz mais sentido pra mim. Mas vou manter os FIIs que já tenho e também não pretendo vender nenhuma ação (apenas valorizo a opção de vender sem precisar queimar patrimônio com imposto).
Obrigado pelas colocações.
Um abraço!
Engano seu, Ifólogo. Esse post foi ideal para mim. Não porque eu vá copiar sua política, mas porque estou justamente nessa fase de montar a minha PIP e senti muita dificuldade. Minha cabeça não funciona bem com inúmeras opções. E você fez a sua PIP de forma simples e com grande possibilidade de manobra, gostei bastante. Continuo na minha saga, mas com o norte um pouco mais claro. Obrigada por compartilhar! Estou torcendo para a família IFP atingir seus objetivos!! Um abraço.
Oi Éllen!
Realmente, são tantas variáveis que a gente fica meio perdido mesmo… Eu demorei “só” 4 anos pra formalizar a minha PIP rsrs…
Boa sorte na construção e lapidação da sua PIP!
Um abraço!
Eu tinha um plano inicial, mas já mudei ele tantas vezes que exclui a página do blog hehe
E pra piorar, estou quase com vontade de vender tudo e simplificar a carteira com ETFs, fazem uns 6 meses que estou pensando nisso, mas ainda não decidi. Apesar de simplificar, tem as desvantagens tributárias que tenho nas ações… ó dúvida cruel!
Abs
Fala Bilionário!
Eu também já fiz vário ajustes no meu. Faz parte…
ETF no Brasil têm várias desvantagens mesmo, mas no exterior não. Pra quem já aprendeu e gosta de fazer o stock picking no Brasil, simplificar a parte no exterior com ETfs já facilita bastante o processo!😅
Um abraço!